
Não importa o que tinha vivido antes;
Pensamentos, sensações, prazeres, beijos, abraços e relaxamento.
É como se o amor não tivesse uma base, é como se o amor fosse despencar e a qualquer momento derrubar tudo o que foi vivido no chão.
Achava injusto pensar desta forma e rodeava pensamentos desconexos para tentar achar uma saída mais confortável, apaziguar o que sentia.
Uma angustia tomou conta do seu peito, e simplesmente iniciou um outro pensamento, para fugir do que a sua realidade apresentara.
Se não sentasse naquele banco pela manhã, o dia inteiro seria destruído
Destruído como se destrói coisas boas em fração de um instante com um pensamento cortante e possuído
Se não sentasse e dobrasse suas pernas como deveria, não agüentaria
Todos os planos voariam pela janela em papeis escritos
Letra por letra seriam re-lidos de longe quase perdidos na percepção de um relaxamento
Quando cansou de abotoar e desabotoar os olhos
Simplesmente fechou os olhos ao seu lado
Esqueceu da mão de ferro que a apunhalava
Esqueceu das cordas que faziam seu corpo andar como se fosse naqueles dias
Onde no mais profundo sonho não se perdoa
Onde na mais bela fantasia o medo se mascara
E não perdoa o que poderia ser visto como liberdade
Liberdade que a fez escolher o que foste escolhido, vivido, mastigado e jamais cuspido
Se desgasta para encontrar uma hermenêutica correta e cegamente busca o perdão onde não há perdão
Há memória e re-significado
Seus pensamentos passeiam e não acham o retorno para casa
Uma luz acendeu e a fez pensar na Mão que não foi de Ferro
Foi de flor, de pêssego, de riso de criança, de som das águas que descem pedras lisas
A mão foi embora e permitiu que não sonhasse sobre a máscara que ainda não descobriu a face do dono.
Fez com que tivesse possibilidade em compreender que nada será como é
Nada será no padrão de seus loucos pensamentos, da previsibilidade
A condição será desfeita
E o que não se sabe ganhará aconchego.
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